I bet you didn't expected to find it.

Acordou em um domingo de Sol qualquer e decidiu que queria ser feliz. Que dali em diante nada lhe abalaria de maneira nenhuma, que bobeiras cotidianas não lhe trariam nenhum tipo de stress ou mágoa pois isso não lhe valia de nada. Sorriu e se levantou, tomou café na caneca favorita -- uma de vaquinha -- e se preparou para descer. Pôs uma camiseta pastel que dizia "You are my inspiration", calça jeans escura os clássicos All Star de botinha e a bolsa amarelo marca-texto com o iphone preto ligado dentro, tocando Into your Arms do The Maine que por alguma razão que ela desconhecia, parecia uma ótima trilha sonora para sua decisão de felicidade...
Andou e andou, ainda ouvindo The Maine, e viu que haviam milhares de lugares  incríveis e fantásticos naqueles quarteirões que ela nunca tinha parado para ver, que ela nunca tinha reparado dignamente nestes. Uma loja de câmeras fotográficas, uma padaria, um cabeleleiro -- que fez-lhe reparar que durante a semana seu cabelo platinado de mechas pretas deveria ser retocado -- um velho violinista que todos os dias estava naquela rua, uma estátua de bronze que quando ela se aproximou a mesma se moveu. Nunca imaginou que um dia veria uma dessas pessoalmente então não pôde deixar de fotografar aquela estátua. Fotografia, uma de suas paixões.... Deu mais um giro, olhou em volta e viu uma grande feira montada à um quarteirão de distância, cheia de brinquedos armados...
Pegou um algodão doce para si e então sentou-se, tinha andado bastante pela feira já. Sua paz não durou muito tempo porque logo um menininho, que não tinha mais que 10 anos, parou à sua frente e sorriu, estendendo a mão e dizendo que estava sozinho e que queria uma companhia para ir em um brinquedo que ela ainda não tinha visto: o enorme escorregador que estava armado à metros de distância deles. A moça sorriu e se levantou correndo, levando o menino junto pela mão e subiram até o topo e aguardaram até sua vez. Na hora a garota sentou-se, colocou o garoto no colo e em frente a bolsa, podendo segurar os dois e recebeu o empurrão. Escorregou. 
O vento no rosto, a alegria de estar lá, o sorriso do garotinho simpático por toda o escorregador roxo de mais ou menos 10m de comprimento e então quando chegaram no colchão que ficava ali em baixo deitaram, junto de mais várias pessoas e riram. Riram como se não houvesse amanhã. Ela riu como se não tivesse nenhuma preocupação na vida. Riu como se seu mundo fosse perfeito e como se nada mais lhe importasse no mundo e veio um rapaz, um pouco mais velho que ela, e estendeu a mão ao menino que se levantou e logo depois ajudou a garota a se levantar.
-- Obrigada, meu irmão sumiu aqui então... Obrigada! 
-- Não há do quê.
E conversaram, mas como conversaram. Passaram alguns minutos longos conversando e foram andar sem se preocupar, porque na verdade, não havia com o que se preocupar Não mais. Não mais mesmo, porque daquele dia em diante ela tinha decidido que seria feliz....

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