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Mostrando postagens de outubro, 2012

Nail Art da Semana

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Confess my loneliness, dreaming...

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A cama ta bagunçada, o cigarro apagado e o sorriso desfeito. O rádio desligou, o vento ta batendo, o travesseiro tá no chão junto do edredom. Tava muito quente e jogamos ele longe. Você tá levantado, preocupado e apoiado no parapeito da janela sem conclusão ou confusão nenhuma em mente. Só divaga. O gato tá no alto da estante e fica observando eu te observando e observando você observando a rua. Fica ai distante e eu aqui sem muito o que fazer contigo, só ficar aqui encarando-te de costas e vendo os vergões vermelhos que ficaram nas tuas costas e teus cabelos bem mais bagunçados do que já são naturalmente. Gostaria muito de saber o que tá se passando na tua mente enquanto fica ai observando os transeuntes em meio ao cinza compulsivo que é exibido na rua. Lembro-me bem de você dizer que nem tinha porque se envergonhar desses vergões. Tinha decidido ficar comigo e faria isso com orgulho. Eu sorria toda vez que você me lembrava isso e você sabia que eu só falava alguma coisa para qu

Paraísos Artificiais

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Acho que tive pelo menos uns três orgasmos essa noite. E acho que estou tendo mais um agora. Tô com uma sensação tão boa de estar flutuando com os pés fora do chão. Realmente, aquelas gotas eram boas. Tinham um gostinho meio estranho mas eram boas. Por causa delas estou em uma das melhores sensações da minha vida. Acho que nunca tive tantas sensações tão boas quanto essas. Me seguraram a vida toda e então naquela festa, naquelas luzinhas, naquela praia, Ah... Tava tudo tão bom. Nossa, eu devo estar mal mesmo porque não to nem formulando uma frase direito. Isso é engraçado. Lembro que mamãe passou a vida toda me falando e repetindo "Nunca fale com estranhos, nunca aceita nada de estranhos" e ali tava eu, no colo de um estranho dando pra ele enquanto minha melhor amiga estava trocando ideias com outro estranho qualquer. Aiai nunca ri tanto quanto to rindo agora. Acho que essa festa me fez bem. Vou em outra amanhã se tiver. Se não tiver não tem problema, vou depois no próximo

O viajante

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O viajante pegou a mala  de alças desajustadas e com a passagem produzida naquele papel liso e estranho na mão foi para o maior terminal de ônibus da cidade que o tamanho não ultrapassava o de uma quadra poliesportiva de escola primária. Já tinham te falado que o mundo era grande. Sabia que aquele lugar era ridiculamente minúsculo e achava-se grande demais para o lugar, achava-se do tamanho do undo. Se sentia gente do mundo. Gente da agitação.  Sabia que ninguém mexeria nas coisas enquanto estivesse fora, por isso largara a casinha simples de tijolos expostos e rebocados e fora embora. Se voltaria, se arrependeria-se, se morreria, se casaria... A mente está entregue ao "se" e à certeza. Paradoxo instantâneo no momento que colocou os pés com chinelas de couro gasto para fora. As poucas vacas que tinha tinham muito pasto e mandacaru a vontade à vontade, qualquer coisa aqueles animais malhados e monocromáticos com o sino pendurado no pescoço por uma tira de couro preto podiam

Nail Art da Semana

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Time has changed...

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Faço o tipo criança: rolo na grama, me inspiro na lama, brinco de ciranda e finjo que o mundo é rosa. Nuvens e doces me compõe e quero ser adulta logo. Mas então eu vejo que ser meio criança é bom. Via outras crianças colocando o dedo na boca mas agora, 12 anos mais tarde, vejo que ainda colocam. Mas notavelmente em outro sentido muito ambíguo. Acho que não pertenço a essa época, me mantenho insegura de tudo, não sei se confio, se confio será que confio demais, se não confiar o que ocorre?, é tudo muito comum, mas to sentindo falta de ser criança. To lembrando de quando eu não entendia o mundo. Tinha um sorriso bobinho sempre pregado no rosto porque era feliz assim mesmo sem muitos dentes. Os olhos tinham um brilho diferente do de hoje e era fácil ver uma felicidade exalando de cada poro do meu pequeno-nem-tão-pequeno ser. Quis ser grande logo, quis crescer, ter a idade que eu idealizava para todos personagens que eu criava, queria ser grande e tudo aquilo que eu via na televisão po

Feliz dia das crianças!

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Bom, a criatura aqui tem 17 anos mas ainda "comemora" a data e esse ano ela está sendo comemorada com  ... tãtãrãtã..... tãtãrãtã.... GREEN DAY! DUHDSUSHDUHSDUH nada ver isso mas, de qualquer maneira, eu ganhei sim um presente de dia das crianças que foi o CD mais recente: UNO! e para comemorar, ai vão os singles desse CD lançados em massa :D

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Drug

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A insanidade sempre quis me acompanhar enquanto eu vomitava emoções sem controle alguns sobre estas. A faringe queimava, mas de quê importava? Tudo estava saindo. Senão pela boca, pelos olhos como lágrimas. Estava prestes a começar a sentir dor, mas de que importava? Era tudo tão irreal no começo e depois começou a piorar, a desandar. Eram todos os dias, dia após dia, sempre, eu ali: vomitando sentimentos sem efeito algum para quem os ouvisse. Era uma piada digna de humor irônico enquanto pra mim, era eu sendo colocada pra fora de mim mesma. Não sei quantos disseram que era normal, mas nunca acreditei. Pra mim era dor por dor, era uma insanidade que segurava meus cabelos enquanto eu despejava tudo que tinha de emoção e sentimento em mim, era uma insanidade que secava minhas lágrimas e me incentivava a transformar minhas lágrimas em grandes e endurecidos diamantes, mesmo que estes me cortassem e me machucassem mais do que as emoções que saíam compulsivamente... E no fim de tudo, emo

Desproporcionalidade irregular

Tá sobrando dor, sobrando partidas, sobrando afastamentos. Tá sobrando muita coisa dura e talvez ruim. Mas ta faltando mãos seguras, faltando abraços, faltando anjos e falando refúgios. Tá faltando muita coisa boa e reconfortante. O instante tá duro, cru e amargo.  Tá faltando um açúcar que nunca teve  e tá faltando uma boa lembrança pra consolar a dureza, pra consolar as pancadas sofridas. Tá doendo internamente,  machucando intensamente e perfurando fortemente. Tá um rasgo na transversal,  tá uma ferida cristalizada em pingos artificiais. Tá dolorido e tá aumentando a dor tá criando uma nova perspectiva de dor. Tá criando desespero. Tá criando um desespero desproporcional ao tamanho do ser. Tá endurecendo o que era flexível tá moldando uma criatura Tá criando uma armadura ambulante. Uma metamorfose emocional,  um efeito de óptica que funciona por etapas. Tá desmoralizando o que um dia foi bom desmontando expressões vívidas e criando carr

Monólogo da Ironia

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Todos se sentaram em seus respectivos lugares. A iluminação era baixa e os burburinhos eram muitos e iam se espalhando. Todos queriam saber do que realmente se tratava aquele "espetáculo" que o cartaz tinha em letras medievais o título Monólogo da Ironia em frente à um fundo preto que só possuia uma luz a centro, uma cadeira alta e um microfone. Era a primeira das três apresentações e que já tinha passado por outros cinco países. Agora era momento de temporada nova-iorquina. Todos prontos, tudo se apagou e de repente começou a tocar uma música de suspense e uma luz sobre um banquinho se acendeu. Ninguém sabia quando aquele banquinho tinha sido colocado lá nem nada, mas sabiam que ele estava lá. E do meio da escuridão alguém cumprimentava toda a platéia até chegar no banquinho. Ninguém compreendia o que estava acontecendo ou quem era aquele cara de aproximadamente 40 anos de camisa branca manga-longa e calça jeans que apareceu ali e sentou-se no banquinho mas que nem dois m

Nail Art da Semana

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