Drug

A insanidade sempre quis me acompanhar enquanto eu vomitava emoções sem controle alguns sobre estas. A faringe queimava, mas de quê importava? Tudo estava saindo. Senão pela boca, pelos olhos como lágrimas. Estava prestes a começar a sentir dor, mas de que importava? Era tudo tão irreal no começo e depois começou a piorar, a desandar. Eram todos os dias, dia após dia, sempre, eu ali: vomitando sentimentos sem efeito algum para quem os ouvisse. Era uma piada digna de humor irônico enquanto pra mim, era eu sendo colocada pra fora de mim mesma.
Não sei quantos disseram que era normal, mas nunca acreditei. Pra mim era dor por dor, era uma insanidade que segurava meus cabelos enquanto eu despejava tudo que tinha de emoção e sentimento em mim, era uma insanidade que secava minhas lágrimas e me incentivava a transformar minhas lágrimas em grandes e endurecidos diamantes, mesmo que estes me cortassem e me machucassem mais do que as emoções que saíam compulsivamente...
E no fim de tudo, emoção era exatamente que nem droga. Você experimenta uma vez, vicia, enlouquece e nunca mais larga dela por mais que isso te faça mal.

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