Drowing in myself

Me vi me afundando em mim, em minhas mágoas e meus pensamentos. Me vi caindo em direção ao fundo da piscina que minha mente constituía e senti meus braços presos e atados à pesos que não me permitiam subir enquanto eu acreditava precisar de um anjo que me puxasse para cima, que me desatasse dos pesos e me tirasse do vazio no qual eu sentia estar me afogando cada dia mais. Estava oca e bem, humanos ocos não flutuam. E parecia que quanto mais eu ia me afogando, mais doía, sentia como se todos esses pensamentos estivessem inundando meus pulmões à um ponto que tudo estivesse começando a pesar mais e mais. Estava me jogando de cabeça em um abismo sem mim e aquilo estava fazendo com que eu me arrependesse cada vez mais. Só que o pior de tudo era que por mais que eu continuasse esperando um anjo para que me desatasse os braços e me puxasse de volta a superfície, parecia que mais eu afundava, mais pesava e mais doía em meus pulmões.
Mas nem tudo é para sempre e antes que o anjo viesse me desatar os braços e as pernas, já me tornei capaz de me soltar sozinha, de arrebentar as amarras e soltar um pouco de toda dor que vinha me cercando. Estava errada em ficar esperando que alguém viesse me salvar de mim mesma, e bem, foi o melhor a se fazer...

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