Photographs

Gosto dos abraços que protegem do mundo, dos beijos na testa e dos carinhos na nuca. Gosto de sentar e observar as fotos e as letras de músicas na parede escura do quarto enquanto ouço alguma música que invade meus tímpanos impedindo que eu me foque em qualquer coisa que seja do mundo de fora do meu canto. As crises pessoais desaparecem e bem, esse é o melhor refúgio que eu encontro longe de um abraço apertado de alguém em especial. É um escape e bem verdade, o melhor que há em mim. Os problemas e meus complexos pessoais desaparecem, parece que tudo para e só há eu e meu mundo ali.
Talvez soe algo tosco, ou algo do gênero, mas é muito melhor do que parece. Melhor que uma garrafa de bebida em alguma festa com pessoas que nem gosto tanto ou sentar num vazio geográfico e dar de frente com várias luzes que parecem piscar como assombrações de um passado inútil que não deve ser lembrado enquanto inalo a fumaça de um cigarro do qual não adotei o vício e muito menos pretendo tal feito.
As fotos dizem mais do que as memórias dizem. As memórias afirmam difusamente certos detalhes e as fotos provam a verdade sobre tais detalhes. O melhor modo de fugir da realidade, mesmo que muitas vezes, tantas imagens podem provocar aquele turbilhão de emoções que em maioria das vezes não gostamos de sentir, por melhor que este seja.

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