Cigarros, crises pessoais e papéis

E pela milionésima vez me vi muito próxima do maior clichê que se envolve escritores e compositores: escrever à uma luz fraca de noite, com um copo de café/whisky e um cigarro entre os lábios. 
Não sou fumante e não sou chegada café, por isso que o clichê é próximo. Troco o café/whisky pelo chocolate quente ou por uma caneca de mokaccino, mas sempre no ambiente noturno com fraca luz. Talvez o clichê seja que é um bom modo de se inspirar, parece que o cérebro pra escrever funciona melhor no escuro, mas na realidade, funciona melhor ainda em crises pessoais. Quando há uma crise pessoal para escrever sobre sempre sai tudo melhor, sempre é mais fácil ter um problema para por pra fora do que buscar uma lembrança que já foi completamente posta pra fora. Ou seja, talvez as crises pessoais não sejam tão ruins porque elas podem se misturar no meio de papéis e serem transpostas para os mesmos papéis, que com o tempo se tornam relíquias enquanto o cigarro do clichê mais famoso queima e a tinta da caneta se gastam no papel que irá manter as memórias e as crises por todo o tempo necessário. Até que algo venha e destrua toda as histórias escritas e criadas a partir de lembranças que muitas vezes não situações meramente vazias...

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