Ou peut-être juste le destin

As ruas de Paris nunca foram mais as mesmas depois que viu aquele brilho incomum por lá.
Era uma moça de longos cabelos encaracolados e com mechas grandes e lisas em frente à seus olhos em um vestido marrom de meias-mangas longo que estava brincando sozinha, boba e feliz, rodando e sorrindo por aquela rua vazia, com um pote de brilhantes na mão, soprando-o como uma doce fada sem asas onde eu encanto era aquele pózinho brilhante que parecia purpurina. Puxou-lhe-te pela mão para perto e logo o rapaz que pela primeira vez estava na França ficou completamente perdido com a mão cheia de brilhante e vários brilhantes espalhados por suas mãos, braços, cabelo e roupas. Só não possuia mais brilhante no corpo que a moça que anteriormente estava ali sozinha jogando os brilhantes. Ela tinha tantos que parecia brilhar nas luzes que iluminavam a noite parisiense, fazendo com que os olhos do rapaz, que pressentia não ter mais sentimento algum guardado em si, brilhassem como os de uma criança que acabara de receber seu mais novo brinquedo de Natal. Era provavelmente a coisa mais bela que ele um dia já presenciara, mas teria de ir. Só que simplesmente sabia que voltaria na noite seguinte para ver aquela moça dos brilhantes...
Na noite seguinte voltou ao mesmo lugar e olhou em volta buscando-a e nada e sentia que a noite estava mais fria que a anterior. Foi por ruas e mais ruas e a cidade parecia nunca acabar quando avistou os cabelos esvoaçantes de quem buscava próximo à um beco sem saída e foi para lá. Correu antes que a perdesse de vista e quando estava perto de alcançá-la, ela entrou no beco e desapareceu. Sem mais nem menos. Nenhuma pista, nenhum vestígio. Absolutamente nada fora deixado naquele beco para que ele descobrisse onde ela estava. Apenas viu os brilhantes e partiu. Decepcionado e desanimado, mas se foi.
Na outra noite, sentia-se desmotivado à voltar, mas por algo que ele não sabia o que era, achava que era destino, por mais que não acreditasse no mesmo, ele foi. Voltou e foi diretamente para a Torre Eifel e ali estava ela. Dançando outra vez, um círculo em volta de pessoas para assistir e ela no centro. Parecia mais cigana desta vez mas ainda possuía o mesmo encanto que a última vez. Continuou a sorrir e dançar e o rapaz aproximando-se cada vez mais até que ela, que dançava dentro de um círculo que formara com os brilhantes enquanto o potinho de brilhantes estava no chão, e logo estendeu a mão para que o jovem a segurasse, mas logo soltou-a e continuou. Continuou e continuou.... 
O rapaz abriu a mão e tinha um bilhete deixado em sua mão, escrito manuscritamente "Just believe, you are in Paris now...."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Crônica de Halloween

Oh, fuck it

Velho violinista