I can't fit in anybody's arms

E aqui sentada no chão de madeira fria, observando fotografias, espalhadas sobre a colcha escura da minha cama, que retratam momentos que já passaram e que nunca mais voltarão pra mim e agora sei que as fotografias me tornam masoquistas, que dói a cada vez que olho, que sinto lágrimas quentes escorrerem por meu rosto, que surgem a cada foto que levanto.
Cada foto é uma lembrança. Cada lembrança é uma ferida. Cada ferida é revirada por culpa da lembrança...
Tinha desistido há tanto tempo de ser feliz, de me contentar com coisas mais fofas e esquecer de todos os problemas que existem enquanto as fofuras predominassem na minha vista. Mas então as coisas mudaram e meus momentos de tristeza aumentaram e eu percebi que apesar de tudo, vivo melhor sozinha. Acompanhada fico sentindo que irei infelicitar a vida de outro ser que tem tudo para ser feliz, mas bem, parece bobeira não é? Mas não, não é. Tenho medo de ser suficientemente infeliz para "contagiar" outro alguém com minha infelicidade, então prefiro ser só, prefiro estar "eu por mim mesma" porque pelo menos as outras pessoas estarão mais feliz. 
É triste pensar que a verdade talvez seja essa, que sou melhor sozinha, que sou melhor solitária e por mim mesma e que como uma música que ouvi uma vez "I can't fit in anybody's arms, you left just in time"....
É, talvez tenha sido melhor que apenas as fotografias me acompanhassem mesmo...

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