Skate memories

Era um cara de cabelos compridos e uma blusa velha e rasgada do Sepultura, um garotinho ridículo e marombadinho se achando, várias criancinhas aprendendo a andar de skate, uma garota de boné de aba reta que sabia andar muito melhor que muita gente por ali...
Essas eram minhas companhias enquanto eu esperava meu pai na pista de skate ao lado da Imigrantes. Me remete as raras vezes que subi em um skate e no Sol, anotando memórias, eu finalmente paro para pensar nas várias coisas que ainda não parei para pensar. Naquele momento, o que eu mais gostaria de ter era um skate. Aquela sensação do vento gelado batendo no rosto sob o Sol mediano de virada outono/inverno. Não me assusta o cara da camiseta do Sepultura a cada 20 minutos tentar fazer uma manobra que o aproximava dois degraus de mim, apenas em dá vontade de tentar aquilo apesar da minha total inabilidade com skate. Lembro-me bem que quando eu tinha mais ou menos a idade das criancinhas que estavam na pista, eu queria aprender a andar de skate mas meu pai não queria deixar. Ele achava que se eu começasse a andar de skate, eu viraria um mini-clone da Avril Lavigne em meados de 2003: só tinha amigos meninos, vestia-se quase que exatamente como um garoto, não se preocupava nem um pouco com coisas que meninas se preocupam, e por ai se estende a lista...
Mas ai eu paro pra pensar, não será um skate que fará uma garota ser um garoto, ou algo do tipo, é algo que já vem da personalidade da pessoa, e isso, ninguém é capaz de mudar...

Comentários

  1. Oiiii muitoo bom esse texto! me segue tambem no blog, depois eu te sigo nas outras coisas! (: beijos

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Crônica de Halloween

Oh, fuck it

Velho violinista