Balanço de sentimentos

 Possivelmente é nesse momento que os amores antigos voltam. Que bate saudades e a gente para pra pensar o porquê de ter largado esses amores, que se tivessem sido trabalhados um pouquinho melhor do que foram, possivelmente poderiam render um romance mais duradouro, mas preferimos sempre desvalorizar esses amores antigos para corrermos atrás de amores mais recentes mas que são mais intensos, apesar de sabermos que eles não darão certo.
Paixonites ficam por algum tempo lhe roubando o sono e depois somem com a velocidade que vieram. Depois de anos retornam e te levam a pensar se o certo seria ter trabalhado um pouco mais nelas para que elas funcionassem. É difícil entender agora, mas depois que acontece você passa a entender com extrema naturalidade.
O amor é diferente. É um raio que lhe atinge com tudo de maneira absurdamente rápida que você nem sente e então quando percebe.... Já é tarde demais: você está apaixonado. Ouve músicas e lembra do bendito ser, vê casais e começa a querer o bendito ao seu lado, dorme pensando no ser e acorda pensando no mesmo e por ai vai... É uma lista comprida demais para ser citada. De qualquer maneira, é o ser que na hora que você ver, sentirá seu coração escapando do tórax e indo para a boca. e você vai gostar disso, vai achar o máximo. E se dá por inteiro até fazer com que o bendito se interesse por você. Senão se interessar é a hora da tristeza disfarçada com raiva.
Paixonites não causam esses efeitos e são muito mais bem aceitas até certo ponto. Passam a ser rejeitadas a partir do momento em que a carência afeta e a pessoa começa a ver todos a seu redor apaixonados e tudo mais, enquanto ela mesma está ali, solitárias, com paixonites.
Esse é o pior momento. As paixonites voltam por você perceber que não ama ninguém. Que não há ninguém que faça com que seu coração funcione mais rápido ou que faça borboletas voarem insandecidas em seu estômago.
E no fim, acima de tudo, você, que tanto odiava o amor, passa a gostar dele.

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