Amor e contos de fadas

Então você encontra aquele tal de amor que dizem ser perfeito, que dizem te levar as nuvens a cada beijo cada abraço e cada toque. Aquele amor que muitos de nós, meros mortais, temos medo de partir sem encontrá-lo, que desejamos que seja que nem um conto de fadas: no final todos serão felizes para sempre e que a madrasta má vai cair em desgraça. Mas talvez até a própria madrasta má seja má, porque quer um final feliz para sempre mas a princesa impede. E talvez nesse meio, o príncipe só vá salvar a princesa, não porque ele sente que ela é o amor da vida dele, até mesmo porque contos de fadas ocorrem em épocas em que o que mais importa é a herança sanguínea. Então, apesar de tudo não há nexo nisso. Mas quem disse que o amor tem nexo?
Pra falar a verdade, ninguém. Até Shakespeare em célebres palavras diz convictamente que o amor tem razões que nem a própria razão explica. Mas o mais engraçado do mundo é que mesmo que esse seja o sentimento mais irracional e antigo da existência humana, até os seres mais racionais desejam sentí-lo. Quer dizer, o que é que tem para todo mundo querer amar? Parece que o sonho de todos nesse planeta é encontrar o amor que lhes faça sair de órbita por instante quando lhe der um beijo ou que faça o tempo de milésimos de segundos se tornarem uma eternidade, que enquanto esta-se de mãos dadas com tal pessoa o mundo deixe de existir e só existam vocês dois. Agora fica a dúvida, o que tem de tão especial nisso?

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