Forever and ever

Sempre para sempre.
Sempre, para sempre.
Sempre para, sempre.

Brincou tanto com para sempre que nem mais sabe se a sentença certa era "Sempre, para sempre" ou "Sempre para, sempre". As brincadeiras com "para sempre" começaram a ficar duras, estranhas, trágicas.... Perigosas.
Sim...
Perigosas é um bom adjetivo para essas brincadeiras. Brincavam com facas, canivetes, pistolas, revólveres, fogo e armas em geral e não se feriam, nada acontecia. Nada nunca acontecia, mas as coisas mudaram, viraram e se alteraram quando começaram a brincar com "para sempre" toda vez que se viam. Juras, promessas, beijos, tratos, carinhos... Tudo era sempre "para sempre", mas, será que tudo dito "para sempre" é realmente para sempre? Boa pergunta, meus caros, porque nada é para sempre, mas as feridas vão se perdurando nessas brincadeiras de "para sempre" e no final todos caem, todos se destroem, todos se magoam de um jeito ou de outro, não há vencedores... Somos todos perdedores neste jogo sempre dúbio e eternamente encantador. "Para sempre" é algo perigoso. "Para sempre" é só mais uma promessa vaga feita no calor do momento...

"Para sempre" dizia ela
"Para sempre" dizia ele
"Para sempre" diziam todos os presentes
"Para sempre" dizíamos todos nós em alto e bom tom...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Crônica de Halloween

Oh, fuck it

Velho violinista