O Teorema Katherine

E eu ali tentando me decidir qual seria o próximo livro que eu faria uma sinopse e TCHAM, me deparo com o último livro que eu li: O Teorema Katherine do John Green (sim, é o mesmo cara que escreveu A Culpa é das Estrelas, Cidades de Papel e Quem é você Alasca?). A princípio descartei a ideia de fazer a sinopse por algumas razões bem simples que eu vou explicando conforme vou fazendo essa sinopse.
A princípio temos o protagonista do livro, Colin Singleton, um cara que terminou o colégio ao mesmo tempo em que sua última namorada terminou com ele. Mas vamos lá, o Colin no início do livro é um personagem que chega a ser absurdamente chato de tão patético e medíocre que ele, mas quem leu pelo menos o comecinho ou tem uma noção vaga sabe que o que eu falei acaba sendo contraditório ao personagem descrito porquê: 
a) ele é um prodígio ótimo com anagramas e brutalmente inteligente
b) ele só tem um amigo e tem sérias dificuldades de socializar(que fique claro que não tenho nada contra isso)
c) ele tem um nível excessivo de drama incutido em si
O item C tem uma cena bem no início do livro que explicita isso maravilhosamente bem e tenho relatos de pessoas que são ultra romanticas e que acharam essa cena patética. Mas isso seria spoiler demais então prossigo. Prosseguindo a história você descobre que o menino tem um fetiche (nada contra isso, todos temos algum) estranho, exageradamente estranho. Ele tem sérias tendências a se apaixonar por Katherines (???). Sim, é isso mesmo que você provavelmente entendeu, Colin Singleton tem fetiche por Katherines, tanto que ele teve 19 namoradas durante a vida e todas elas tiveram o mesmo nome, Katherine Sei-lá-das-quantas.
Pausa para uma piada possivelmente tonta mas que eu associei na hora: então se algum belo dia, houvesse um mítico encontro entre os personagens de The Vampire Diaries e os de O Teorema Katherine, ele se apaixonaria pela Katherine do mal? Cheguei a conclusão que não porque ela é do mal e uma baboseira toda, mas isso não vem ao caso.
Mas esquecendo as Katherines por um momento, esse cara tem um amigo, melhor amigo, chamado Hassan. O Hassan é um rechonchudo que está há um ano chutando lata mas que encontra graça em tudo nessa vida e que conhece o amigo maravilhosamente para saber que uma viagem de carro sem rumo por aí seria a cura perfeita para o problema do pé na bunda da 19ª Katherine da vida dele (ou Katherine XIX, como eles a chamam). Estamos aproximadamente na página 22 e essa viagem foi a unica coisa interessante até o momento porque eu ainda achava os personagens whatevers e o Colin um porre, mas como John Green não decepciona em seus livros continuei com a leitura.
Prosseguindo em viagem eles chegam em uma cidade que dizem que o Arquiduque Francisco Ferdinando (aquele da Primeira Guerra mesmo e que ao que tudo indica deu origem ao nome da banda que canta essa música e essa música) está enterrado. Para nosso protagonista que tem um enorme conhecimento sobre todas as matérias escolares, inclusive história mundial, isso pareceu incrível e ali estão eles na cidadezinha de Gutshot em uma visita guiada por uma moça que lê uma revista, equivalente a nossa Quem?, e nosso prodígio tropeça e tem uma coisa que ele chama de Eureca (mas muitos conhecem como luz divina ou qualquer coisa assim) e decide concretizar seu sonho de vida que é se tornar um gênio com a criação de um Teorema, o Teorema Katherine, que prevê o futuro de todo relacionamento baseado nas 19 garotas da vida dessa criatura.
Não foi o John Green que criou esse teorema. Ele idealizou e pediu para um amigo, Daniel Biss, que é professor assistente da Universidade de Chicago e pesquisador colaborador do Instituto Clay de Matemática para que montasse o bendito do teorema que apesar de ser uma ideia sensacional, é extremamente complicado. 
E quando Singleton começa a formular esse teorema é que a história passa a ficar efetivamente interessante porque a partir dai ele começa a conviver com outras pessoas, outras amizades, outras experiências que nunca teve exatamente uma oportunidade de ter ao mesmo tempo em que vai formulando as fórmulas e os gráficos. Se eu fosse dar detalhes do que acontece, haverá um spoiler insano do livro e não haveria porque alguém se interessar em ler esse bendito então estou reduzindo minhas palavras porque a única parte que dá para ser descrita e resumida sem dar spoilers, é esse começo que eu acabei de falar. 
Sendo assim, depois de toda a chatice do começo do livro, o desenvolvimento mais ou menos (porém ainda interessante) o final se torna absurdamente legal e o protagonista passa a ser um personagem legal e menos patético, mas isso é lá no final. Porém se você pular o livro inteiro ou for pulando partes, a história vira um lixo e fim, até mesmo porque existem notas extremamente interessantes ao longo do livro, como por exemplo o significado de sitzpinkler e apenas após toda a história, há um apêndice com toda a matemática do Teorema feita por Daniel Biss. 
Mas mesmo para um ser que não é muito chegado em matemática como eu, ainda é um livro realmente interessante e divertido pelas situações que Colin e Hassan atravessam em Gutshot =)

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