Uma pequena retrospectiva
Sim, pequena. Pequena porque é pouco tempo, estamos falando
de uns 4 ou 5 anos de existência. Em relação ao tempo, isso é pouco. Mas não se
intimidem pelo nome fazer o texto parecer vazio, pequena é só no nome. Tudo que
ocorreu nesse tempo foi tão intenso e variado, que “pequena” é uma afronta ao
conteúdo do que agora leem. Mas vamos lá. Tudo começa lá em 2009, quando o
patinho feio está cansado de esperar o final do livro e virar um cisne, e
resolve fazer algo. Não precisa ser cisne, mas pensou em tirar o “feio” do
patinho. Após esforço e dedicação, nosso heroi agora mais confiante, mais
destemido, resolve começar a enfrentar a humanidade, e acaba por cruzar o
caminho com alguém muito especial. Muito especial mesmo. Uma pessoa que ensinou
o nosso heroi a amar, ensinou a definição de carinho, além de dançar (e curtir
o heroi dançando) nas máquinas de Pump. Aliás, como não chamar de especial
alguém que curte você tocando música, mesmo que seja no Rock Band? E ainda
escolhe o que quer ouvir, e vejam só, não é pop, é Metallica e Alice in Chains!
Sim, quem diria. Mas como tudo passa, o tempo não perdoa, e Paraíso ainda é
considerado história de livros...Como todo bom jovem que não queira sofrer para
ter troco no bolso, nosso heroi trocou absolutamente tudo que tinha na vida
para poder entrar na faculdade. Ah, a faculdade! Um sonho para tantos, um
tormento para quem vive essa realidade tão necessária nos dias de hoje. A
faculdade que levou tudo, tempo, o troco do fim de semana, a pessoa especial, a
facilidade de vida, a proximidade com família, e trouxe apenas uma liberdade
maior e uma esperança de um diploma. Mas com ela vieram coisas boas,
aprendizado de vida, conhecimento (principalmente o musical) e as conquistas.
Não vou falar sobre o trabalho porque por mais “digno” e “remunerado”, ainda
significa trabalhar, o que implica que não é lá de se comentar. Acredito que
nosso heroi adquiriu mais história pra contar em 4 anos de faculdade que nos 17
anos anteriores todos...sim, muita coisa, divertida, perigosa, tensa, triste,
algumas que não lembra, sempre se mantendo fiel ao termo responsabilidade,
afinal, se 4 anos de faculdade são um inferno, nosso heroi não pretende
extender o expediente estudantil, não é mesmo? Nosso heroi entendeu que para
ter algo era necessário ser determinado, lutar de verdade por aquilo, porque
ninguém mais o faria por nós, e sem ação não há resultados, logo, aprendeu a
arregaçar as mangas. Escutava desde Almost Easy até Patience, com seu
computador na mesa da sala, gostava da companhia (e ainda gosta) dos amigos que
com ele moram, e era bem chato não ter com quem comentar uma notícia inusitada,
ou simplesmente falar algo pra rirem. Voltava para sua cidade, e apreciava isso
pois se sentia acolhido, ainda achava que sua nova terra era hostil (de fato é,
mas legal de certa forma). Logo percebeu que não era acolhido coisa alguma,
suas 5h de viagem de ida e mais 5h para voltar logo se tornavam torturantes, só
de pensar em voltar por obrigação, para algo cruel e que não se importava com
ele. Nosso heroi, então, acordou, e resolveu, novamente, evoluir. E assim, foi
construindo tudo que sonhava, ainda constrói mais sonhos, pouco a pouco, ele
sabe que deve fazer algo, não necessariamente o mais rápido possível, pois cada
momento, cada pequeno tijolo colocado, deve ser repleto de bons momentos e
memórias. Com um grande sorriso no rosto (e às vezes uma falha e curta barba),
nosso heroi segue seu caminho, pensando,
porque pensar exige perguntas e respostas, quase como um jogo diário, se
desafiando a entender o que se passa ao redor, colocando em xeque suas
limitações, e entendendo como superá-las. Nosso heroi cresceu. É, agora, um
homem
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