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the walls we talked about...

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Aqueles meus muros que tanto falávamos a respeito nunca me deixaram, apenas foram retiradas algumas pedras para que você pudesse olhar para dentro. Ledo engano meu, achar que não seria um erro deixar que alguém tivesse acesso à essas frestas. Que alguém fosse capaz de ver tais buracos e não mexer neles como na pintura, quase como se tivesse dificuldades em acreditar que realmente existissem. Que ao deixar alguém deixar ter esses acessos me doeria menos. Aqueles meus muros nunca me deixaram porque ainda me haviam dores demais dentro deles. Todas com uma máscara sorridente que reluzia à todos que questionavam, à todos que afirmavam conhecer o que havia ali apesar de plena ignorância na questão, à todos que convictamente apresentavam uma solução instantânea que magicamente me traria todo o conforto que tanto me faltara por tanto tempo. Aqueles meus muros nunca me deixaram porque constantemente seguravam cada felicidade que um dia eu tivera medo de expor ao mundo pelos anos de machucados e