Desencargo
Me fale de café, de versos, de poesia de bar, de música inacabada e violão sem corda, mas não me venha falar de amor não duradouro se tudo acabou naqueles versos naquele dia no café. A enxaqueca atacou e não manifestei minha dor. A gastrite também me machucou, mas nada disse eu se tudo isso era culpa que tu me destes. Ah, nesse frio de outono tomando café no fim da tarde e te escrevendo versos que nem se um dia tu lerás, me finjo de inteligente usando palavras difíceis para lhe escrever um versinho que caiba bem os sentimentos. Ah querida amiga não se dissolva por palavras bobas e fáceis, esses teus versinhos só são bonitos quando são escritos para ti, de outro modo não. Tu és ciumenta e acha que largar-te-ei por outra moça qualquer por ai. Moça da vida tu não és, mas dizem ter vocação. Moça da vida tu não és, mas sabe todos os ensinamentos destas. Moça da vida tu não és, mas tem sentimento de sobra que nenhuma delas tem. Menina que acabou de virar moça que me veio falar de c