Love you to the moon and back
Te amo até a lua e de volta. Até o fim dos dias. Até
o fim da Terra. Até o fim de quem sou.
Te amo até
quando olha no espelho e odeia o que vê. Quando sua única vontade é quebrar a
imagem que enxerga e refaze-la na esperança de estar no mesmo nível que os outros que conhece. Amo até quando diz várias
vezes que não há nada de bom escondido aí, mas sabe que há. Quando diz por que
reconhece mas não admite e quando não reconhece e, portanto, não admite.
Te amo até nos dias em que diz que odeia tudo o que
há em si e sou a única capaz de enxergar que há inúmeras coisas boas que não
merecem ser odiadas. Quando sou a única capaz de te provar que há maravilhas aí
dentro. Que até as borboletas que nascem em seu estômago nos momentos mais
inoportunos são incríveis. Que até naqueles dias em que seu único pedido é a
solidão, há beleza em você conviver tão bem com ela. E que nesses dias a única
coisa que posso fazer é sentar ao seu lado e aproveitar também a solidão.
Te amo nos dias em que nada faz sentido, nem para
mim ou para você. Quando suas dores parecem fortes demais para serem sentidas.
Que de dentro de você parecem esmurrar tudo o que há e se esforça para sair,
precisando de uma vazão. Nos dias em que o mais bonito que há para se admirar
são esses seus olhos que seguem brilhando mesmo depois das piores tempestades.
Que melhor do que qualquer fenômeno estrelar ou lunar, brilham em plena
tormenta. Naqueles dias em que a coisa mais bonita do mundo é essa força que
existe aí e te mantém em pé, dia após dia, caos após caos... Essa força que te
mantem e te faz mais resistente que qualquer plástico com o qual você se
compara é provavelmente a coisa mais bonita que já tive a oportunidade de
experimentar por aí.
Te amo nos dias mais fáceis. De Sol e sorriso leve.
Quando é fácil sorrir e faz os olhos brilharem. Quando nenhuma nuvem te habita
o céu e tudo parece ser encaminhado para a perfeição. Nos dias onde não há
nuvens negras ou escuras, que só o azul aparece e contagia o que há por perto.
Quando é fácil olhar no espelho e dizer o quanto se ama e o quanto a vida é
bela. Amo até nesses dias, parece tudo tão simples.
Te amo quando estou com outras pessoas. Quando estou
com aquelas que não querem minha companhia, mas tem que ter. Quando estou com
as que querem e são obrigadas a ter. Ou até mesmo, nem são obrigadas, apenas
estão por querer. Nos dias em que fisicamente há inúmeras pessoas mas o
sentimento de vazio me habita. Mesmo quando em meio a uma multidão, não sou
nada além de mais um indivíduo perdido nessa vastidão de mundo.
Te amo quando tudo pareceu dar certo e quando tudo
pareceu dar errado. Quando tudo foi como deveria ser e quando não foi. Quando
foi como queria e quando não foi. Nos dias em que a tentativa de cozinhar não
deu certo e nas que deram. Quando o esforço em achar que o dia foi bom é muito grande
e até quando o dia simplesmente é bom. Quando o esforço para ser algo é grande
e quando ele não é. Nos dias e que tudo para e nos que caminha também amo.
Quando tudo é impossível e nos dias em que nada apresenta dificuldades.
Te amo, inclusive quando não posso me amar. Quando
não há nada de belo em mim, mas ainda consigo me encarar no espelho e mesmo não
amando o que vejo, amo o que sou e não vejo no espelho. Te amo todos os dias,
quando as coisas vão de fáceis a difíceis. Te amo todos os dias porque você sou
eu. Porque você é a parte de mim que não acredita tão fácil enquanto a que
acredita te ama por isso. Porque no fim das contas, as duas partes sou eu.
Sendo elas boas ou ruins e todos os dias é isso que tenho que ver no espelho
então nada me resta além de amá-las da melhor maneira que posso.
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